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A Teoria das Trilogias


Recentemente finalizei a leituras de A Escolha, último volume da trilogia A Seleção, da Kiera Cass, e confesso que me decepcionei imensamente. Refletindo sobre outras trilogias que já li notei que infelizmente são poucas as que não me decepcionaram, principalmente as distopicas.
Por esse motivo fiquei pensando quais serão os fatores que causam isso com trilogias que tinham tudo para ser ótimas. Há algum tempo, antes de lançar o primeiro filme de Jogos Vorazes li os três livros. Ou ao menos tentei. O primeiro livro foi incrível, me surpreendeu por ser talvez a primeira distopia que li e o conteúdo acabou sendo totalmente inovador, mas ao ler o segundo já senti que a história estava mais previsível e repetitiva, e no terceiro livro até a personagem me irritava. A mesma coisa aconteceu com A Seleção e Divergente.
Então decidi pensar, o que faz com que trilogias distópicas acabem perdendo a graça no decorrer dos livros?

Queria, antes de tudo, deixar bem claro que não importa se estou dizendo que uma trilogia é melhor que a outra ou comparando seus pontos positivos e negativos, tanto porque esse é um blog de resenhas e opiniões devem ser respeitadas, mas também porque cada um gosta de um tipo diferente de livro e esses livros encantam tantas pessoas que são considerados alguns dos maiores sucessos da literatura juvenil, certo? Vou sim apontar defeitos e comparar, mas essa é um opinião totalmente minha e sintam-se livres para comentarem o que quiserem.
Temos aqui um padrão que vem de todos os livros que seguem "A Jornada do Herói". No começo, a personagem não quer aquilo (mesmo que boa parte dos outros personagens queira), e quando consegue, acaba se tornando a melhor. Uau, que surpresa!
A parte da negação, a parte do desempenho impressionante, e aí vem a revolução e as traições. É tudo tão agitado que chega a ser monótomo, pela repetição em todas as histórias. E o pior é que a escrita da autora (já que as três trilogias aqui citadas são escritas por autoras) muda no decorrer dos livros e as fichas dos personagens são desrespeitadas.
No primeiro tudo segue um ritmo perfeito, mas parece que no segundo volume a autora coloca muitas questões e não sobra tempo para resolver todas no terceiro, Convergente, e isso apressa tudo. O pior é quando tem muita coisa para acontecer e a autora enrola com bobagens desnecessárias, como é o caso de A Esperança.

Já em A Escolha a mesma situação de Convergente aconteceu: Muitas questões, pouco tempo para resolver, e isso apressou tudo. E a Kiera ainda inventou de matar alguns personagens e não deu sequer tempo para os personagens terem um luto, em um determinado momento, alguém volta do enterro de uma pessoa muito querida e vai direto para uma festa. Muitas revelações sem ligação e apressadas demais.
É isso que sinto ao ler trilogias, o primeiro volume é totalmente incrível, o segundo um pouco previsível, e o terceiro apressado e decepcionante.
Tudo bem que levei em conta apenas essas três, mas lembrem-se que estou citando trilogias distópicas apenas, já que outras como As Crônicas dos Kane ou Mariah Mundi são muito boas.
Mas não deixei isso me desanimar e já pretendo terminar Liberta-me (segundo volume de Estilhaça-me, que não é uma trilogia) e também quero ler outras distopias que não sei ao certo que tipo de coleção são, como Legend, Feios, Delírio. É legal comentar também que recentemente terminei a duologia Starters e Enders e foi, sem dúvidas, uma distopia que vale a pena ler, ao contrário das três dessa postagem. 
Concordam? Discordam? Já tinham pensado nisso? Notado esse declínio no decorrer da história? Comentem (se eu já tiver conseguido arrumar a área de comentários ><).
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

  1. LUISAAAAAAAAAAAAAA, SAUDADES!

    Gente, o que foi Convergente? Verônica cagou, converteu para palavras e publicou. Achei decepcionante. Eu AMEI Divergente, Insurgente já não gostei tanto, mas foi bom... dai o último, vish. No último eu acho que assim: eles tinham o objetivo de chegar ao outro lado a cerca. Fazem isso meio que no inicio do livro e.... ficam quase metade do livro sem fazer nada pois o objetivo foi conquistado, e depois? Dai só no final criaram outro objetivo, mas a preguiça da Verônica bugou tudo.
    Sobre A Seleção o primeiro foi demais. Segundo, adorei. Terceiro... poderia ter sido melhor. Acho que só não curti muito por causa do "triangulo amoroso" e da America que me irritou demais. Bom, é isso ai.
    Jogos Vorazes eu ainda nem li FHDIUFHDIOFHDSU *bem atrasada*
    Beijossss, Ana K | http://universoaoquadrado.blogspot.com.br/

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    1. Saudades é pouco, hein?? Já te respondi no facebook, mas vou responder por aqui também hahaha
      Achei bem nada a ver o desfecho de A Escolha, principalmente o que acontece com a ponta do triangulo que "sobra", uma coisa bem inesperada e sem nexo nenhum -.-
      Bjss

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  2. Oi Luisa tudo bem? ainda bem que as coisas estão voltando aos eixos ^^

    Sabe acredito que o problema das trilogias é que os autores tem um numero x de paginas para concluir uma historia e acaba faltando algo na maioria das vezes, A escolha e A Esperança eu achei os finais extremamente corridos mas OK.

    Já Divergente não concordo como um todo com você desde o primeiro livro Divergente apontava sinais para onde a historia nos levaria, achei Verônica corajosa e achei o final digno.

    Anyway, as três series para mim são otimas ;)

    Beijos Joi Cardoso
    Estante Diagonal

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    Respostas
    1. A pressa é inimiga da perfeição, realmente. Eu também acho que são ótimas as ideias, mas esperava finais bem mais elaborados depois de tanto alvoroço sobre eles... Fazer o que, cada um é cada um!
      Beijoss

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